A Importância de Trabalhar com as Forças dos Orixás nas Terapias

Trabalhar com as forças dos Orixás em processos terapêuticos é, antes de tudo, reconhecer que não estamos sós. Existe, na criação, uma teia sutil e potente de forças espirituais que sustentam, movimentam e equilibram a vida. Essas forças não pertencem ao campo racional; elas são energias vivas, ancestrais e universais, que atuam além do tempo e do espaço, sempre em sintonia com as necessidades evolutivas de cada ser.

Na Umbanda, no Candomblé e em diversas linhas de espiritualidade, os Orixás são compreendidos como emanações divinas que organizam a existência. Ao trazer essas forças para o campo terapêutico, criamos um ambiente onde a cura não é apenas mental ou emocional, mas se torna uma cura integral: energética, espiritual e existencial.

Por que é importante trabalhar com essas forças?

Porque muitas vezes as dores, os bloqueios e os padrões que nos limitam não podem ser acessados apenas pela mente racional. Eles residem em camadas sutis, moldados por heranças ancestrais, memórias espirituais e conexões energéticas profundas.

As forças dos Orixás têm a capacidade de:

• Romper padrões cristalizados, que se perpetuam de forma inconsciente.

• Purificar e reequilibrar os campos energéticos, criando espaço para o novo.

• Fortalecer a alma e a estrutura psíquica, para que a pessoa consiga sustentar suas escolhas e processos.

• Oferecer proteção espiritual, especialmente em momentos de vulnerabilidade.

• Direcionar movimentos de transformação, alinhados com a essência e o propósito do ser.

  
  

Quando acessamos essas forças com respeito, consciência e entrega, o processo terapêutico se expande para além das limitações humanas, abrindo-se para uma dimensão sagrada, onde a cura é conduzida não apenas por quem facilita, mas também pelo mistério e pela inteligência da própria natureza.

Orixás como forças de sustentação terapêutica

Não se trata de "pedir favores" ou "fazer pedidos" aos Orixás, mas de reconhecer que eles são partes fundamentais da estrutura da vida. Invocar essas forças é se alinhar com a ordem natural, com o fluxo cósmico, com aquilo que é maior do que nós — e, ao mesmo tempo, parte de nós.

Cada pessoa, ao entrar em contato com essas energias, é convidada a despertar em si mesma a força que precisa: coragem, amor, discernimento, desapego, proteção, cura… Os Orixás são, assim, espelhos e guias, que nos ajudam a recordar o caminho de volta para casa, para a nossa essência.

Como trabalho com as forças dos Orixás nas minhas terapias

Em meu trabalho terapêutico, as forças dos Orixás estão sempre presentes, não como dogmas ou rituais fixos, mas como presenças vivas, que se manifestam conforme a necessidade do campo e do momento.

Elas se integram de forma orgânica nas práticas que realizo:

• Nas músicas que escolho para as transmissões energéticas, que evocam, sustentam e potencializam processos de cura e transformação.

• Na invocação durante limpezas energéticas, quando chamo as forças necessárias para cortar, limpar, proteger ou fortalecer.

• Nos resgates de fractais de alma, onde atuam sustentando o processo, trazendo acolhimento e reintegração das partes feridas.

• No encaminhamento de obsessores e liberações espirituais, onde a força e a ordem dos Orixás são fundamentais para que o trabalho seja realizado com segurança e amor.

Trabalhar com eles é, para mim, um ato de reverência, de humildade e de responsabilidade. Não sou eu quem cura; sou apenas um canal que se coloca a serviço, sustentada por essas potências ancestrais.

Cada pessoa que chega até mim é acolhida por esse campo espiritual, que atua de forma amorosa e precisa, proporcionando cura, equilíbrio e expansão da consciência.

Que as forças dos Orixás sigam sustentando todos os processos terapêuticos que conduzo, e que cada pessoa que se aproxima desse trabalho sinta-se amparada, protegida e transformada.

Axé!